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Condições para Crescer na Carreira

Condições para Crescer na Carreira

Constantemente ouvimos o comentário de que determinada pessoa é um profissional de excelência, estudou muito, sabe duas ou três línguas, mas não consegue se deslanchar na carreira. Embora a resposta não seja simples, podemos sugerir a reflexão sobre o conceito de sucesso que é trabalho na sociedade.

Infelizmente o conceito de sucesso ensinado em muitas escolas e que é perseguido por grande parte da sociedade é fragmentado e dualista. Explico! A pessoa passa boa parte dos anos investindo em apenas de uma área da vida. Ela estuda boa parte do curso sem desenvolver competências mais abrangentes e multidisciplinares. Muitos são bem preparados para competir com outra pessoa no vestibular e no mercado de trabalho. Com isso, não desenvolvem a competência de trabalhar em equipe, observar a coletividade e produzir para o bem do processo da empresa.

O problema é que quando você ocupa cargos maiores na empresa são exigidas mais habilidades de ouras áreas, é a chamada multidisciplinaridade. O profissional precisa dominar bem sua área e, ao mesmo tempo, desenvolver competências de outros setores afins ao seu. Quem funciona apenas numa única direção terá muita dificuldade de conquistar postos maiores em sua carreira.

Uma habilidade requerida desse tipo de profissional é a maturidade emocional para gerenciar relacionamentos, crises e diferentes interesses numa corporação. Isso exige que o profissional já tenha investido grande parte de sua vida em seu crescimento emocional. Porém, mesmo depois de ter alcançado um posto maior, é necessário pesquisar quais são as competências importantes para exercer essa função com excelência.

Dentre todas as competências necessárias, acredito que investir na capacidade de administrar situações de conflito ou fazer a governança de uma crise estão entre as exigências importantes para um profissional que sonha com postos maiores na carreira. Toda organização é gerida e conduzida por pessoas. Se as pessoas da equipe não estiverem focadas no mesmo objetivo, a qualidade do serviço fica comprometida. Se os colaboradores não compreenderem suas funções no processo e como seu trabalho impacta de forma positiva e negativa o resultado final, eles não conseguirão interferir no processo inteiro. Se um único membro da equipe está com um problema familiar, dependendo do seu papel na equipe, todo o resultado fica comprometido. A percepção sobre como a condição emocional das pessoas pode interferir no processo e no resultado final é responsabilidade do líder, do gerente, do supervisor ou do diretor.

Não são poucas às vezes que escuto o relato de que o líder, executivo ou o diretor perdeu o controle numa reunião e agrediu verbalmente outro líder. Escutamos também relatos de profissionais que boicotam decisões que colocariam a empresa numa posição financeira privilegiada só porque a sugestão veio do líder que é ríspido. É preciso saber elogiar quando a equipe acerta, mas está pronto para cobrar quando ela erra. Em princípio, ainda que se tenha uma gestão participativa, a responsabilidade pelo sucesso e o fracasso da equipe é o do líder.

Portanto, se você deseja estar numa posição maior em sua área, na empresa ou em um novo negócio, comece hoje a investir em sua vida inteira, mas cuida da dimensão emocional. Quem se ocupa funções nas quais precisa inspirar outras pessoas deve, em primeiro lugar, ser uma inspiração para si mesmo. Isso significa dizer que é necessário cuidar da vida emocional. Monte um programa de Autoconhecimento Inteiro, compre bons livros e, se for possível, busque auxílio de um profissional especializado. Sucesso não é obra do acaso, pelo contrário, é um caso de amor e responsabilidade com sua profissão.

 

Dell Delambre

Cordeiro, Léia. Gestão estratégica de pessoas. Curitiba: IESD Brasil S.A. 2010.

 

Dell Delambre

Coach WTS e Consultor em Sustentabilidade. Premiado pela UNESCO e no Jornal Folha Dirigida. Doutor, Conferencista e Professor Universitário.

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