Do ponto de vista teológico, antropológico ou pela física quântica, é possível perceber a existência de uma dimensão obscura, negativa e caótica no Universo e em todo ser no planeta. Existe uma grande diferença entre o paradigma de interpretação da realidade dos séculos passados chamado de Modernidade e o paradigma da Pós-modernidade do século atual. Alguns autores podem ser consultados para esse aprofundamento, dentre eles, Fritjof Capra, Jean-Francois Lyotard e outros. Dimensão negativa pode ser uma das explicações para a presença de uma Estrutura Mental Destrutiva em algumas pessoas e líderes.
Olhando pela complexidade, essa dimensão negativa, que possui diferentes nomes dependendo da área cientifica, faz parte de uma complexidade que traz certa coerência, movimento, morte e vida na Terra. Ela está integrada numa área onde parece que o negativo é parte de um todo muito maior.
Dessa forma, essa dimensão negativa pode ser analisada por diferentes pontos de vistas; cada área do conhecimento tem sua maneira particular de se referir à ela. Como a transdisciplinaridade ainda não é o paradigma do conhecimento, existem poucas tentativas diálogo entre ciências diferentes que poderiam estar refletindo sobre a mesma coisa e dano nomes a partir da história de cada área.
Nesse momento, gostaria de refletir como essa dimensão negativa pode se manifestar num dimensão antropológica, ou seja, numa área do ser humano, a saber, na mente. É necessário pontuar que essa é apenas uma dimensão, existem outras áreas do ser humano, na qual essa dimensão poderia estar presente, por exemplo, numa forma de manifestação da mal. Mas não é sobre isso que esse artigo se refere agora. Nosso foco é a estrutura metal destrutiva e autodestrutiva.
De vez em quando, assistimos algumas reportagens que perguntamos como a pessoa tem a capacidade de cometer repetidamente determinado fato errado. Às vezes, você mesmo já percebeu que, na relação conjugal, aquele pensamento gerou aquele comentário e destruiu tudo. Nós mesmos conhecemos personagens na história que, se pudéssemos pesquisar suas estruturas mentais, certamente encontraríamos uma estrutura mental destrutiva que deu as condições para realizar e arquitetar atrocidades que nunca mais gostaríamos que acontecesse.
O fato é que algumas pessoas possuem uma estrutura mental destrutiva. A mente destrutiva é uma estrutura de pensamento negativo que é transportada para dentro e para fora da pessoa. A dimensão negativa presente no ser humano pode ser equilibrada junto com outras dimensões positivas. Tudo depende do ambiente que a pessoa presente e da decisão constante sobre qual dimensão será mais alimentada.
Quando a dimensão negativa gera, com os anos, a estrutura mental destrutiva é precisão uma intervenção imediata, pois, a própria pessoa pode ir se destruindo aos poucos ou destruir pessoas que estão a sua volta. Quando uma pessoa com esse perfil de estrutura mental destrutiva possui poder o estrago às vezes é irrevogável.
Não existe espaço aqui para falar das possíveis causas de formação de uma mente destrutiva, senão essa relação com a dimensão negativa de formação e sustentação do cosmo. Apenas gostaria de pontuar que, muitas vezes, a pessoa sofre; seus familiares e amigos também sofrem e, por fim, se forma uma rede de sofrimento quando alguém possui essa estrutura de mente destrutiva e não consegue se livrar desse fantasma que persegue até nos sonhos.
Não é simples essa situação, porém, a boa notícia é que existe possibilidade de alterar esse padrão de pensamento destrutivo quando a pessoa decidi lutar pela sua vida e por mudar seu padrão de pensamento. Tudo começa com uma decisão radical de começar a viver novamente, por isso, é necessário que a pessoa tenha consciência clara de quem ele é e quem ela pode se tornar. Por esse motivo, na metodologia WTS Coaching, existem cinco níveis de Autoconhecimento Inteiro.
O autoconhecimento é o caminho para que a pessoa decida fazer a grande travessia de sua vida. É uma decisão que ninguém pode fazer pela pessoa, somente ela. Após essa travessia do Autoconhecimento, começa o trabalho para receber ferramentas para que seja formado um novo padrão de estrutura metal sadia e reconciliada, são novas disciplinas mentais. Ao mesmo tempo, a pessoa começa a inserir práticas condizentes com uma estrutura mental saudável e realizadora. A mente não é tudo do ser humano, mas ela ainda ocupa uma posição importante no fracasso ou no sucesso da pessoa. Por isso, tudo começa a decisão de ser diferente e viver de forma diferente, deixando para o passado a estrutura mental destrutiva.
Dell Delambre, Dr. (WTS Coach e Consultor em Sustentabilidade)
Bibliografia para aprofundamento
GOLEMAN, Daniel. Como Lidar com Emoções Destrutivas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
BALTHASAR, Hans Urs Von. O Cristão e a Angústia. Fonte Editorial, 2003.