Por que a Teoria da Tensão te dá resultados exponenciais?

Esse texto foi escrito por causa da pergunta que eu recebi no meu instagram: Qual o método para manter o equilíbrio em situações difíceis?

Bianca fez a pergunta porque eu tenho mostrado nas aulas abertas da Live como uma pessoa insegura e que não tem a gestão das emoções e das tensões interiores acaba sabotando o próprio crescimento pessoal, profissional e financeiro.

A insegurança e as tensões interiores desorganizadas fazem você perder a promoção no trabalho que era para você; você compromete o relacionamento amoroso e conjugal porque você vive sempre desconfiado se o outro está fazendo alguma errada; você também perde o respeito das pessoas porque está buscando sempre aprovação das pessoas.

Mas por que isso acontece segundo a Teoria da Tensão?

Antes de responder, eu gostaria de dizer que eu detectei três níveis de insegurança e você pode já ter perdido boas oportunidades porque não sabe que no nível profundo e oculto, você é atingido pela insegurança.

O tipo 1 de insegurança é aquela que acontece na parte superficial do seu interior, na suas emoções, como se fosse na parte mais rasa da piscina. Você sabe que você é inseguro e tem consciência que já comprometeu várias áreas importantes da sua vida por causa dela. Mas você até já tentou resolver, mas não deu sequência.

O tipo 2 de insegurança é aquela que se dá na parte do meio do seu interior, na do meio da piscina. Você chega de cima e você consegue enxerga-la de forma embaçada. Nesse caso, o que você sente é uma pequena desconfiança porque em algumas situações você não acredita que você pode superar. Então você vai tocando assim mesmo. Mas às vezes, você fica triste e com culpa porque chega uma oportunidade de um emprego melhor ou um relacionamento legal que era para você, mas por causa da insegura, você se autossabota e sem ter consciência, você perde a promoção ou você cria uma situação para o relacionamento chegar ao fim. Você culpa o outro, mas a questão é você, é o interior fraco para essas situações.

O tipo 3 de insegurança é o que eu chamo na teoria da tensão de Insegurança Camuflada. Você é uma pessoa forte, decidida, inspira o crescimento de outras pessoas, até é admirada pelas suas conquistas, mas no fundo você sabe que aquilo que você tem é muito menor do que o seu potencial. Por isso, você vive uma tensão interior muito grande porque você sabe que é capaz, mas também não sabe porque parece que a sua vida está sempre patinando no mesmo lugar. Sensação interior de impotência, cansaço e até irritação com pouca coisa.

Você vive está há muitos anos buscando respostas para essa tensão: você sabe que tem potencial, mas não tem os resultados que condizem com a sua capacidade e com os lugares que todos que te conhecem falam que você deveria estar.

Como resolver essa situação?

Eu vou começar como eu faço com os profissionais que chegam na formação em Coaching ou nas mentorias.

A primeira coisa que eu falo para você é calma. Não é apenas você que vive um dos três tipos de insegurança. Há alguns anos eu estudo os traços de dificuldades da cultura brasileira que impactam negativamente o emocional e a capacidade de uma pessoa que nasce aqui no Brasil de acreditar em si mesmo.

Por isso, existem muitas razões para essa insegurança. Quando eu estudei pela primeira vez na Alemanha, eu aprendi muitas coisas por comparação. Eu comparava a cultura alemã com a brasileira. Eu observava, sobretudo, como as pessoas se posicionavam na relação com o trabalho, os relacionamentos e os autonomia para elas serem elas mesmas.

Foi nesse momento que eu tive a certeza que, se eu quisesse ajudar as pessoas no Brasil a terem crescimento exponencial e conquistas marcantes, eu precisava focar em desatar os fios invisíveis da insegurança e da autossabotagem que muitas pessoas aqui possuem, até sem saber. No Brasil, a insegurança é tão forte que você aceita relacionamentos menores que o seu, empregos menores que o seu tamanho, salários menores que o tanto que você entrega.

O Dr. Gerhard Roth, professor de neurobiologia da universidade de Bremen, Alemanha, levanta uma questão muito séria sobre como boa parte das suas escolhas já estão presentes no seu cérebro. Ele mostra que o ser humano é livre na medida em que ele atua e reflete sobre algumas condições que já foram dadas a ele.

É nessa situação que insiro também a discussão sobre a insegurança e a autossabotagem. Na medida em que você não tem nenhuma atividade que ajuda você a parar e acessar quem você é ou quem você está sendo, você acaba repetindo padrões que você herdou da família que te criou, do bairro onde você cresceu e das experiências de perdas e relações abusivas que você já vivenciou.

É por isso que essa pergunta se torna necessária.

Por que você tem a sensação que está patinando no mesmo lugar? Porque para o cérebro é muito mais cômodo repetir o que você recebeu do que reprogramar e destravar a sua mente, suas emoções e o seu interior. Mas por que é mais fácil repetir até os fracassos e os resultados negativos na vida pessoal e profissional? Simplesmente porque o estilo de vida de hoje com múltiplas tarefas e responsabilidades não te dá o espaço para você refletir minimamente sobre quem é você, quem você quer e pode ser e quais são os fios invisíveis que você terá que cortar para possibilitar que o novo entre em sua vida e mude os seus resultados.

Como eu então consegui ajudar as pessoas cortar os fios invisíveis do cérebro que eu chamo de insegurança e autossabotagem?

Foi na prática do Coaching e das Mentorias que eu achei o caminho para ajudar pessoas que tinham grande potencial, mas não tinham os resultados que elas podiam ter. Elas chegavam culpadas e frustradas. Detalhe, essas pessoas não eram pessoas sem resultado, pelo contrário. As pessoas em volta as tinha como referência, mas quando elas mesmas olhavam para dentro delas, elas sabia que estavam muito abaixo do lugar onde poderiam estar.

Foi assim que eu descobri a insegurança camuflada e subliminar com a Teoria da Tensão.

Eu percebi que a insegurança cambulhada era muito mais forte porque muitas pessoas não sabiam que o problema era que elas estavam presas interiormente nos lugares menores onde a família tinha colocado, no lugar onde a pessoa tinha crescido, que o relacionamento conjugal tinha colocado ou que a própria situação da vida tinha colocado. E quando a pessoa tentava crescer e andar com as próprias pernas, lá na mente vinha um comando e dizia que a pessoa não podia, aquilo não era para ela, ela iria se perder, sua fé seria abalada, não era da vontade de Deus e várias outras coisas. A conclusão era que a própria pessoa passava anos e anos se autossabotando sempre que alguma oportunidade do tamanho do seu potencial chegava para mudar sua vida para sempre. Assim, a pessoa, sem saber, estava vivendo dentro do ciclo de autossabotagem.

Eu percebi então que tudo isso tinha um fundo único. As pessoas que chegavam em minha formação em Coaching ou nas mentorias sentiam que estavam patinando e queriam mudar, mas elas não avançavam por causa da culpa. Elas tinham o medo inconsciente de estar desagradando alguém. Estavam presas com os fios invisíveis da tensão negativa, da insegurança, da autossabotagem, da procrastinação e da culpa.

No lugar de mexer nesses problemas, eu voltei aos meus estudos da Teoria da Tensão e comecei buscar compreender o SER (ontologia). Mas eu não olhei o Ser como na filosofia moderna, mas sim eu olhei o SER pela capacidade de superar tensões, de atravessar o sofrimento, de incluir a dor na pauta. Uma parte da Teoria da Tensão é a grande tensão pelo nascimento de um novo ciclo no mundo, a era de tensões, e a outra parte é a ciência das tensões causadas por essas mudanças.

Mas como eu apliquei isso para o desenvolvimento pessoal?

Eu comecei buscando em minha própria história. Eu olhei o SER interior das pessoas pelas inúmeras visitas que eu fiz na época do meu estágio no centro de Rio de Janeiro. Ouvia empresários e profissionais liberais que não suportavam as pressões do trabalho, as mudanças e as crises. Eles sofriam calados porque tinham que se apresentar fortes para seus times e suas famílias. Era muita dor. Eu também visitei senhoras que moravam dentro de algumas favelas no Rio de Janeiro e eu ficava impressionado com o nível de sofrimento, perdas, abandono, perdas de filhos. Nestes ambientes, na maioria das vezes, quando eu voltava para casa, eu sentia que elas que tinham me confortado. Eu parava para ouvir e ajudar e era eu quem era profundamente confortado. Eu fui aprendendo outro estilo de vida de esperança e superação que eu não achava nos filósofos existencialistas que trabalhavam a dor. Isso também me fez lembrar das minhas dores de infância, a separação dos meus pais, uma cirurgia difícil aos 12 anos, a necessidade de ter que trabalhar como borracheiro aos 14 anos, a chegada à Alemanha para estudar sem dominar bem o idioma. Tudo virou para mim caminho de superação.  

Foi assim que eu descobri as mentorias e no coaching que eu poderia atacar a insegurança e o medo dos homens e muito das mulheres de serem elas mesmas sem precisar mexer das dores do passado. Aí veio a grande surpresa boa: os participantes tiveram crescimento exponencial. O que eu fiz? Eu peguei a Teoria da Tensão (tensão de mudança) e desenvolvi o conceito de Poder de Vida (Die Lebenskraft) que é um lugar profundo dentro de você, como se fosse uma fonte que preserva em você a água mais limpa que gera a vida. É a primeira água que te deu a vida.

Eu descobri que é nesse lugar que está a força que você precisa para vencer a tensão entre ser você ou o que as pessoas e a sociedade fizeram de você ao longo dos anos. Quanto mais eu ajudava os participantes a descobrir e fortalecer esse Poder de Vida Interior, mais eles conseguiam ter clareza do poder que estava escondido dentro deles. Quanto mais eles se fortaleciam interiormente, mais eles venciam a tensão interior e desfaziam os fios invisíveis da insegurança e da autossabotagem. A consequência foi clara. Agora eles aprenderam um novo estilo de vida com o planejamento semanal, a gestão de prioridade e a técnica dos pequenos hábitos.

Um dos casos de maior sucesso foi a experiência do jovem Cláudio Felipe. Ele estudava na Apae e na Escola Favo de Mel; ele possui uma deficiência intelectual. Sua mãe me procurou porque via no filho um potencial, mas não sabia como desenvolve-lo. No início, eu percebi a tensão entre ser ele e ser o que a sociedade dizia que ele podia ser. Ele entrou no programa de Coaching de Negócios da WTS, venceu essa tensão e, após 12 meses, ele estava lançando sua empresa e inaugurando a primeira expo especial do Rio de Janeiro. Ele não parou. Entrou no programa de Formação em Coaching e fez a formação para se tornar palestrante contando a sua história de superação.

Em 2019, quando levei a Teoria da Tensão junto com a história do Cláudio Felipe e de outros para apresentar no simpósio na Unversidade de Münster, na Alemanha, eu tomei a decisão de impactar o máximo de pessoas com o Coaching Científico e as mentorias. Eu realmente aprendi que uma pessoa confiante nela mesma se equipara a um estádio lotado de pessoas. Uma pessoa impacta uma família, o ambiente de trabalho, o bairro, a cidade e um país.

O que eu recomendo para você hoje. Se você se identificou com alguns dos tipos de insegurança e autossabotagem e sente que sua vida está paralisada nos relacionamentos ou na vida profissional e financeira, eu recomendo três ações:

  • Tire o foco da tensão do que fizeram com você ou de você. Foque no que você tem de melhor. Encontre, você tem.
  • Coloque toda sua energia em descobrir a riqueza que existe dentro dessa fonte inesgotável que é o seu Poder de Vida Interior. Isso ainda é muito pouco explorado no Brasil.
  • Coloque um pequeno hábito daquilo que você ama dentro da sua rotina de vida pesada. O resultado maior que os participantes tiveram na mentoria ou no coaching foi porque eles não foram atrás dos culpados por eles estarem com baixo rendimento na vida pessoal e profissional. Eles focaram em movimentar o que dependia deles fazer. Quando você muda, quem está a sua volta tem que se movimenta.
  • Tudo começa com você. Tensão também é oportunidade.

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Dr. Dell Delambre

Referências de pesquisas:

BECKER, URICH. Sociedade de Risco: Rumo a uma Outra Modernidade. Editora 34.

ROTH, GERHARD; RYBA, ALICA. Was das Gehirn die Seele macht. (Tradução: Como o cérebro constrói a alma).

ROTH, GERHARD; RYBA, ALICA. Coaching, Beratung und Gehirn Neurobiologische Grundlagen wirksamer Veränderungskonzepte. (Tradução: “Coaching, Consultoria e Cérebro. Fundamentos de neurobiologia mais eficazes no conceito de mudança)

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